Vamos te ajudar a compreender melhor inovação e liderança para o ano de 2022!
Em um período pandêmico, vimos empresas se reinventarem para se adaptarem as consequências impostas sobre elas. Por exemplo, redução ou corte gastos, serviços e produtos remodelados para satisfazer e atender às necessidades dos consumidores.
Todos os segmentos foram atingidos, querendo ou não, neste período. A palavra inovação tomou força como nunca se viu antes. Diversos segmentos tiveram que inovar no atendimento ao cliente, ao lidar com os colaboradores e mudar a forma de trabalhar.
Com isso, a liderança de supervisões e gestores foi colocada à prova. Como liderar e inovar em um mercado com pandemia da Covid-19?
Os empresários capixabas Marcus Buaiz e Rodrigo Miranda explicaram como é liderar e inovar, na primeira edição do eCommerce.ES, que aconteceu no mês de junho, em Vitória.
Liderança e Inovação
“A pandemia mostrou que somos todos iguais. No campo humano foi muito lamentável. No mundo dos negócios, eu me reinventei na pandemia. Em um dos meus negócios, tínhamos cerca de 30 milhões de faturamento e depois de 2 anos tivemos mais de 100 milhões. Durante a pandemia, no Espírito Santo, eu me vi em casa, e conheci o DryCat, um gin produzido no estado e que levamos para o Brasil. Eu tentei me refazer naquele momento de reflexão e transformação como empreendedor e empresário. É fazer do limão uma limonada”, afirmou o empresário e sócio do DryCat, Marcus Buaiz.
No Espírito Santo há muitas empresas familiares e tradicionais no mercado. Durante a pandemia, houve a necessidade de se reinventar e se adaptar ao home office. Uma empresa de longa data pode ter uma certa dificuldade e resistência a essa adaptação, pois há uma barreira cultura para aceitar a inovação.
As empresas precisam utilizar a inovação e tecnologia ao seu favor, entendo que novas empresas, negócios ou até concorrentes podem ultrapassá-las.
“Tem muita gente falando sobre inovação, mas sem responsabilidade. Dentro de uma empresa familiar há sempre três gerações, com visões e ideias diferentes. Quando eu falo sobre responsabilidade é não fazer isso de qualquer forma. Tem que olhar para a estratégia da empresa e ver qual tipo de inovação faz parte dela. A única inovação que conheço e que faz uma verdadeira transformação é trazendo gente. Pessoas que realmente entendam dessas novas gerações. Precisamos das pessoas novas e das que são experientes, mas diversificação é a única forma que conheço para inovar”, disse Rodrigo Miranda.
A liderança pode ser um ato solitário, em que o líder deve buscar saber lidar com as tomadas de decisões. Ele precisa gerir não apenas um negócio, mas resultados e escolhas que irão impactar a vida de seus colaboradores.
“Liderar é um ato solitário, pois você define a vida das pessoas. Mas quando você tem a humildade de se cercar de pessoas melhores que você, acaba que consegue lidar melhor com isso. Tem sido uma experiência e um debate contínuo, que não nos deixa nos acomodarmos. É o momento de ouvir mais do que falar”, explicou Buaiz.
Liderança no dia a dia
Pode-se liderar de diversas formas. É um desafio saber qual forma escolher, como levar a liderança no dia a dia com sócios e colaboradores, sabendo que isso tudo resultará no desempenho do negócio.
“Eu sempre tive a humildade de trazer um time que fosse complementar. Quando você coloca outras pessoas que sonham o mesmo sonho com você, fica mais fácil. Liderar é um ato de conquista, não de imposição. Se fosse assim, isso é ser chefe. Liderar são pessoas que apoiam o seu movimento”, disse o sócio do DryCat.
Para o CEO da Zaitt, Rodrigo Miranda, o papel de líder é muitas vezes se colocar por último, priorizar todo mundo. Ele ressalta que enquanto líder, há um peso muito grande, pois ele se torna um porto seguro na hora da dúvida das pessoas.
“Quando alguém traz um problema para mim, eu pergunto o que elas sugerem. É estar junto, cumplicidade é um ato de liderança muito forte. Estou junto com meus sócios há 7 anos. A cumplicidade que temos é no sentido de se tivemos alegria, vamos comemorar juntos; se tivemos um erro, vamos chorar juntos. Quando você tem valores com os seus liderados é uma boa definição para liderança”, acrescentou Miranda.
Loga capacita liderança
No primeiro semestre deste ano, a Loga convidou a psicóloga, coach e professora Maria Lucia Guelli para capacitar os líderes do Exército Laranja. Por meio de um conteúdo prático alinhado à teoria, Maria Lucia permite que os líderes possam avançar em um processo de autoconhecimento e reflexões sobre o crescimento pessoal.
O método utilizado pela psicóloga foi o eneagrama, uma ferramenta de autoconhecimento.
“A nossa jornada de vida é buscar o que nós somos. Mas a nossa casca grossa nos impossibilita de ver o que realmente somos. O eneagrama é entendido como o desenho dos 9, é composto por nove personalidades. É uma ferramenta de autoconhecimento que faz um mapeamento psicológico de todos os seres humanos e mostra o caminho para o desenvolvimento pessoal”, disse Guelli.
O eneagrama não foi criado pela história, ele foi descoberto. A origem data aproximadamente 2.500 anos e foi passado de geração em geração. São 9 tipos de personalidades, 9 maneiras diferentes de ver a vida, 9 modos de estar no mundo. Cada tipo possui extraordinários dotes e corre riscos previsíveis.
“Em primeiro lugar, não temos como falar de uma boa liderança, que esteja antenada nesse mundo moderno, sem falar de autoconhecimento. É uma ferramenta importante porque coloca os líderes para saberem quem eles são. E na liderança humanizada, eu consigo ter muito mais compaixão e empatia com a minha equipe. Isso ajuda na hora de darmos um feedback e gerir conflitos para conseguir melhores resultados. Primeiro lideramos nós mesmos para podermos liderar os outros”, finalizou a professora.